quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

11:11


11:11


Não tenho tempo

Tempo de crescer,

Tempo de ver,

Tudo vale o tempo.



Nesta vida algo tudo vale,

Um destino ambicioso

Ou uma vida humilde,

Tudo vale vindo dele.


Não tenho força,

Nem pouco mais tempo,

Talvez desista, tudo vale isso,

Talvez não, nem pouco disso.


Tenho tudo, tudo mais que tempo,

Vida, força e desejo.

Creio em vida e em crenças,

Em tempo, que se fodam as proezas.

11/ 11/ 2007


















terça-feira, 10 de novembro de 2009

A vós vos prometo.



A vós vos prometo.


Nunca disse o que escrevo,

Nem sei bem o que tenho

Nunca disse bem de onde venho,

Nem muito bem o que devo.


Tenho a sorte do tempo

Em tudo aquilo que tenho,

A quem devo, lhe dou em tempo,

Tempo, tempo que nunca tenho.


Palavras de tempo escrevo,

Em quanta angústia vou sendo,

Em sentido que jamais devo

Em tudo, nunca me arrependo.


Até posso ter todo esse tempo,

Para que dele preciso,

Nunca dele preciso

Talvez morra, com ou sem tempo.


Em vida especial vou tendo,

Em terror e medo vou crescendo,

Com raiva vou morrer

E tudo isto vou ter.


A vós vos prometo.

11/11/2007





terça-feira, 27 de outubro de 2009

Chove lá fora


Chove lá fora


Chove lá fora,

Como que a chuva resolva,

Chove, e pensa que molha,

Molha quem anda a chuva,

Molha para quem ela olha.


Chove lá fora,

A gente espera que seque,

Mas, seca o quê?

O que não se vê,

Basta tentar passar por ela.


Chove lá fora,

Como quem o sol quer,

Há quem prefira a chuva,

Que molha sem se ver,

Que seca sem bater.


Chove lá fora,

Os dealers que a querem vender,

Os putos que a querem fumar,

Os pares que querem ceder,

Sem mais ninguém atrofiar.


Há chuva lá fora,

Como quem a manda vir

Para quê evitar,

Molhar é o destino,

Sofrer é a angústia de o querer.


Chuva para quê?,

Destino a traz

Destino a leva,

Sem olhar para trás,

Esta é a perdição da vida.


27/11/06





segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Voltas nas voltas

Voltas e voltas

Sinto-me às voltas,

Às voltas, às voltas, às voltas.

Neste meu mundo de pensamento,

Angustiado por um tormento,

Vindo de um pensamento.


Sinto-me às voltas,

Às voltas, às voltas, às voltas.

Neste mundo de canibais,

Aterrorizado por um pensamento,

Vegetariano de um tormento.


Sinto-me às voltas,

Às voltas, às voltas, às voltas

Por um pensamento,

De que podia ter ido visitar

E acabei por ficar no mesmo lugar, de infernizar.


Sinto-me às voltas,

Às voltas, às voltas, às voltas

No meu mundo acabo por ficar,

Às voltas, às voltas, às voltas, às voltas

Sempre no mesmo lugar.


Sinto-me às voltas,

Às voltas, às voltas, às voltas.

Às voltas, às voltas, às voltas.

Às voltas, às voltas, às voltas.

Às voltas.

22/11/06