terça-feira, 27 de outubro de 2009

Chove lá fora


Chove lá fora


Chove lá fora,

Como que a chuva resolva,

Chove, e pensa que molha,

Molha quem anda a chuva,

Molha para quem ela olha.


Chove lá fora,

A gente espera que seque,

Mas, seca o quê?

O que não se vê,

Basta tentar passar por ela.


Chove lá fora,

Como quem o sol quer,

Há quem prefira a chuva,

Que molha sem se ver,

Que seca sem bater.


Chove lá fora,

Os dealers que a querem vender,

Os putos que a querem fumar,

Os pares que querem ceder,

Sem mais ninguém atrofiar.


Há chuva lá fora,

Como quem a manda vir

Para quê evitar,

Molhar é o destino,

Sofrer é a angústia de o querer.


Chuva para quê?,

Destino a traz

Destino a leva,

Sem olhar para trás,

Esta é a perdição da vida.


27/11/06





segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Voltas nas voltas

Voltas e voltas

Sinto-me às voltas,

Às voltas, às voltas, às voltas.

Neste meu mundo de pensamento,

Angustiado por um tormento,

Vindo de um pensamento.


Sinto-me às voltas,

Às voltas, às voltas, às voltas.

Neste mundo de canibais,

Aterrorizado por um pensamento,

Vegetariano de um tormento.


Sinto-me às voltas,

Às voltas, às voltas, às voltas

Por um pensamento,

De que podia ter ido visitar

E acabei por ficar no mesmo lugar, de infernizar.


Sinto-me às voltas,

Às voltas, às voltas, às voltas

No meu mundo acabo por ficar,

Às voltas, às voltas, às voltas, às voltas

Sempre no mesmo lugar.


Sinto-me às voltas,

Às voltas, às voltas, às voltas.

Às voltas, às voltas, às voltas.

Às voltas, às voltas, às voltas.

Às voltas.

22/11/06